quarta-feira, 23 de março de 2016

II Congresso Nacional Jean-Jacques Rousseau




O II CONGRESSO NACIONAL JEAN-JACQUES ROUSSEAU – UFMA:  EDUCAÇÃO, LINGUAGEM, POLÍTICA E ESTÉTICA da Universidade Federal do Maranhão é uma iniciativa do GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA INTERDISCIPLINAR JEAN-JACQUES ROUSSEAU – UFMA (GEPI ROUSSEAU), que este ano completa 10 anos de funcionamento. Tem por objetivo a integração dos vários orientandos da iniciação científica, da Graduação e da Pós-Graduação, bem como de pesquisadores da comunidade acadêmica cujas pesquisas se relacionam à obra do pensador genebrino Jean-Jacques Rousseau. Tal evento, com a temática “EDUCAÇÃO, LINGUAGEM, POLÍTICA E ESTÉTICA”, pretende abarcar a diversidade de trabalhos e reflexões desenvolvidas atualmente acerca da filosofia de Rousseau e suas implicações com as ciências humanas e sociais, na perspectiva em que insira a Universidade Federal do Maranhão no debate nacional sobre os temas estudados acerca do filósofo.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), filósofo iluminista, de grande importância, muitas vezes restrito ao escaninho da política, é observado na atualidade como o precursor de diversas questões, estando inclusive no cânone da história da filosofia. Renovador capital dos problemas da ontologia, epistemologia, ética, além de uma concepção inovadora da linguagem, que segundo a crítica especializada, unifica a obra do filósofo da Ilustração. Aliás, o porte da obra desse filósofo se dá, sobretudo pelo fato de ser desenvolvida “uma ideia de linguagem absolutamente original, e em tudo estranha àquilo que seus pares iluministas e outros filósofos até então haviam pensado.” Nesse sentido, Rousseau recoloca a política no cerne da linguagem.
Para o antropólogo Claude Lévi-Strauss, Rousseau é um crítico do cogito cartesiano, e fundador das ciências humanas. Ao contrário de Descartes, que procura fundamentar toda ciência na certeza da existência do “eu”, para Rousseau, mais importante do que o “conhecimento de si mesmo” é o “reconhecimento de si pelos outros”, ou seja, contrariamente a ideia de autoconhecimento, no genebrino, há uma busca pelo reconhecimento de si pelo outro.
Rousseau, segundo Lévi-Strauss, questiona essa centralidade do “eu”, percebendo, antes de diversos outros pensadores, que o “eu” é determinado desde um “outro”, desde o lado de fora, e que não existe sem essas determinações.
Mas, além disso, o pensador nascido em Genebra propôs questões que tomam conta das polêmicas contemporâneas, na educação, sobre a atenção às particularidades de cada indivíduo; no que se refere a linguagem, trata sobre o seu estatuto ambíguo; na política, sobre a validade da democracia; na estética, assinalou o limite da tradição clássica quando focalizou a verdade como expressão da subjetividade, da imaginação, articulando sua filosofia com a estética, passando pela literatura, música, teatro, festa, romance, escritos autobiográficos em seu pensamento. Além de ter antecipado uma das maiores preocupações do século XXI e que afeta todos nós: a ecologia. Portanto, podendo se encontrar uma chave de leitura de problemas fundamentais da filosofia contemporânea.
Dessa forma, são questões como todas essas expostas aqui, que podemos insistir na leitura e discussão de seus textos em um grande debate, tanto por meio de suas obras, quanto por meio de inúmeros diálogos travados com uma infinidade de autores de diversas áreas do conhecimento. Colocando a Universidade Federal do Maranhão no centro dos debates mais atualizados acerca do filósofo genebrino Jean-Jacques Rousseau.

Para mais informações, visite a página do evento:





2 comentários:

  1. Segundo as informações da página oficial do evento, os valores da inscrição variam de acordo com a titulação e a data do pagamento. Você pode ver as quantias exatas pelo link:
    http://congressorousseau.wix.com/congressoufma2016#!blank-3/def08

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