O
II CONGRESSO NACIONAL JEAN-JACQUES
ROUSSEAU – UFMA: EDUCAÇÃO, LINGUAGEM, POLÍTICA E ESTÉTICA da
Universidade Federal do Maranhão é uma iniciativa do GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA
INTERDISCIPLINAR JEAN-JACQUES ROUSSEAU – UFMA (GEPI ROUSSEAU), que este ano
completa 10 anos de funcionamento. Tem por objetivo a integração dos vários
orientandos da iniciação científica, da Graduação e da Pós-Graduação, bem como
de pesquisadores da comunidade acadêmica cujas pesquisas se relacionam à obra
do pensador genebrino Jean-Jacques Rousseau. Tal evento, com a temática “EDUCAÇÃO, LINGUAGEM, POLÍTICA E ESTÉTICA”,
pretende abarcar a diversidade de trabalhos e reflexões desenvolvidas
atualmente acerca da filosofia de Rousseau e suas implicações com as ciências
humanas e sociais, na perspectiva em que insira a Universidade Federal do
Maranhão no debate nacional sobre os temas estudados acerca do filósofo.
Jean-Jacques
Rousseau (1712-1778), filósofo iluminista, de grande importância, muitas vezes
restrito ao escaninho da política, é observado na atualidade como o precursor
de diversas questões, estando inclusive no cânone da história da filosofia.
Renovador capital dos problemas da ontologia, epistemologia, ética, além de uma
concepção inovadora da linguagem, que segundo a crítica especializada, unifica
a obra do filósofo da Ilustração. Aliás, o porte da obra desse filósofo se dá,
sobretudo pelo fato de ser desenvolvida “uma ideia de linguagem absolutamente
original, e em tudo estranha àquilo que seus pares iluministas e outros
filósofos até então haviam pensado.” Nesse sentido, Rousseau recoloca a
política no cerne da linguagem.
Para
o antropólogo Claude Lévi-Strauss, Rousseau é um crítico do cogito cartesiano,
e fundador das ciências humanas. Ao contrário de Descartes, que procura
fundamentar toda ciência na certeza da existência do “eu”, para Rousseau, mais
importante do que o “conhecimento de si mesmo” é o “reconhecimento de si pelos
outros”, ou seja, contrariamente a ideia de autoconhecimento, no genebrino, há
uma busca pelo reconhecimento de si pelo outro.
Rousseau,
segundo Lévi-Strauss, questiona essa centralidade do “eu”, percebendo, antes de
diversos outros pensadores, que o “eu” é determinado desde um “outro”, desde o
lado de fora, e que não existe sem essas determinações.
Mas,
além disso, o pensador nascido em Genebra propôs questões que tomam conta das
polêmicas contemporâneas, na educação, sobre a atenção às
particularidades de cada indivíduo; no que se refere a linguagem, trata
sobre o seu estatuto ambíguo; na política, sobre a validade da
democracia; na estética, assinalou o limite da tradição clássica quando
focalizou a verdade como expressão da subjetividade, da imaginação, articulando
sua filosofia com a estética, passando pela literatura, música, teatro, festa,
romance, escritos autobiográficos em seu pensamento. Além de ter antecipado uma
das maiores preocupações do século XXI e que afeta todos nós: a ecologia.
Portanto, podendo se encontrar uma chave de leitura de problemas fundamentais
da filosofia contemporânea.
Dessa
forma, são questões como todas essas expostas aqui, que podemos insistir na
leitura e discussão de seus textos em um grande debate, tanto por meio de suas
obras, quanto por meio de inúmeros diálogos travados com uma infinidade de
autores de diversas áreas do conhecimento. Colocando a Universidade Federal do
Maranhão no centro dos debates mais atualizados acerca do filósofo genebrino
Jean-Jacques Rousseau.
Para mais
informações, visite a página do evento:
Qual o valor da inscrição?
ResponderExcluirSegundo as informações da página oficial do evento, os valores da inscrição variam de acordo com a titulação e a data do pagamento. Você pode ver as quantias exatas pelo link:
ResponderExcluirhttp://congressorousseau.wix.com/congressoufma2016#!blank-3/def08